quarta-feira, 18 de março de 2009

Vereador quer punição dos

responsáveis por epidemia

O vereador Wenceslau Júnior (PCdoB) entrega nesta quarta-feira (18), no Escritório Regional do Ministério Público, representação contra o ex-prefeito de Itabuna, Fernando Gomes, e o ex-secretário de Saúde Jesuíno Oliveira, a quem atribui responsabilidade pela epidemia de dengue que já atingiu mais de 3.200 pessoas e matou 16 este ano em Itabuna. O documento será apresentado às 16h30min, ao promotor Clodoaldo da Anunciação.

Juntamente com a representação, o vereador anexou matérias jornalísticas de publicações regionais e nacionais, como o jornal O Estado de São Paulo, que – segundo ele – demonstram a negligência dos ex-gestores no que se refere às medidas que evitariam o surto de dengue em Itabuna.

Lembra Wenceslau que no boletim epidemiológico de junho de 2008, a Sesab (Secretaria de Saúde do Estado) já apontava Itabuna entre os 39 municípios baianos com casos de dengue. Foi o primeiro sinal de alerta, acentuado em novembro, quando o Ministério da Saúde colocou Itabuna entre os cinco municípios brasileiros com maior risco de desenvolver um surto de dengue. Naquele mês, o município já aparecia com o maior índice de infestação do País (15,6%), sendo que hoje o índice ultrapassa 16%.

“Diante de todos esses alertas, o prefeito e o secretário nada fizeram”, acusa Wenceslau, acrescentando que “em vez de decretar estado de emergência e adotar as providências para conter o surto, os ex-gestores preferiram desdenhar dos números apresentados pela Sesab e pelo Ministério da Saúde”.

Além do descaso, o vereador lembra as denúncias de corrupção e desvio de dinheiro público na Secretaria Municipal de Saúde, que teria perdido R$ 14 milhões na gestão do ex-prefeito. “Somente no mês de outubro de 2008, desapareceram R$ 9 milhões que deveriam ter sido utilizados no pagamento de prestadores de serviços à saúde, como o próprio secretário atual, Antônio Vieira, afirmou de público”, salienta Wenceslau Júnior.

O vereador conclui que, “diante de tal situação, se faz necessário e urgente que o Ministério Público instaure inquérito civil para apurar a responsabilidade dos representados, no âmbito civil, administrativo e criminal”. Ele pede inclusive uma investigação do Ministério Público Federal, considerando a suspeita de desvio de verbas da União.



Fonte: Assessoria de Comunicação Social

Câmara de Vereadores de Itabuna

março/2009

J- R.R

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