quinta-feira, 30 de setembro de 2010

7ª DIRES ESCLARECE INFORMAÇÕES SOBRE A DENGUE


GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA
SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA - SESAB
7ª DIRETORIA REGIONAL DE SAÚDE - 7ª DIRES - ITABUNA – BA.


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NOTA TÉCNICA DENGUE 7ª DIRES / SETEMBRO 2010



Buscando esclarecer as informações veiculadas a respeito do óbito ocorrido no dia 12/09/2010 no Hospital São Lucas, supostamente considerado como Dengue Hemorrágico, a 7ª DIRES/SESAB, afirma que não existe confirmação clínica nem laboratorial, de que o caso seja Dengue Hemorrágico. De acordo com investigação epidemiológica datada do dia 11/09/2010, o paciente apresentou quadro clínico compatível com Leptospirose, tendo como sinais e sintomas: icterícia acentuada, dor na panturrilha, diarréia, dispnéia, febre alta, dor abdominal.
Fazendo uma análise da situação epidemiológica da Dengue nos municípios da área de abrangência da 7ª DIRES, verifica-se que no ano de 2010 até a semana 36 ocorreram 1418 casos suspeitos de Dengue. Destes 826 foram registrados no município de Itabuna. Destaca-se, que no panorama geral, houve uma redução de 92% no número de casos em relação ao mesmo período no ano de 2009.
Com relação ao monitoramento da circulação viral, identificou-se que no período de 2008 a 2010 houve maior predominância do sorotipo (DENV 2) com 84,7% dos casos isolados.
Alerta-se para a circulação do sorotipo (DENV 1), no município de Itabuna, que foi isolado pela última vez no ano de 2008 e, novamente no ano de 2010, formando uma população de susceptíveis. Adicione-se a isto a maior concentração de casos na faixa etária de 15-24 anos. Diferente do perfil de anos anteriores que concentrou-se no grupo de 5-14 anos.
Com relação as ações do controle vetorial, nos municípios da área de abrangência da 7ª DIRES, destacam-se algumas fragilidades: ausência de articulação sistemática com todos os setores do município (educação, saneamento, limpeza urbana etc), insuficiência de materiais utilizados na rotina do agente, dificuldades no gerenciamento dos Agentes de Combate a Endemias com relação ao falso registro e omissão de focos, bem como as práticas educativas junto a comunidade.
Nesta direção a 7ª DIRES alerta para a vulnerabilidade de ocorrência de epidemia, bem como, o aumento das formas graves da doença. Assim recomendamos aos gestores e a sociedade em geral:
Intensificação dos trabalhos de campo com correção das inconformidades citadas acima, garantido a manutenção do vetor em índices aceitáveis;
Implementação da coleta de amostras para sorologia e isolamento viral, em tempo oportuno, visando a identificação do vírus circulante para tomada de decisões oportunas e específicas;
Alimentação dos bancos dados de forma regular a fim de acompanhar o comportamento da doença;
Organização da assistência em todos os níveis de atenção, com definição de fluxos dos pacientes;
Implementação do Protocolo de Manejo Clínico da Dengue;
Implementação das ações de Educação e Mobilização Social de forma a incentivar a população a adotar hábitos e condutas capazes de evitar a proliferação do mosquito : evitar acúmulo de água parada, limpeza contínua de tanques e reservatórios, limpeza de quintais, destino adequado de lixo e outros.


Itabuna, 28 de setembro 2010
7 ª DIRETORIA REGIONAL DE SAÚDE