quinta-feira, 12 de março de 2009

SECRETÁRIO DA SAÚDE VISITA O MUNICÍPIO DE FLORESTA AZUL


O Centro de hidratação de doentes com dengue em Floresta Azul começou a funcionar ontem (11), pela manhã, e foi montado em espaços antes ocupados pelo setor de contabilidade da Prefeitura Municipal. Ele tem capacidade para atender 300 pacientes/dia e hidratar 10% desses pacientes, média normalmente verificada em situações de epidemia de dengue como a que o município até o momento enfrenta. Segundo a major/médica do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, Lúcia Teresa Côrtes da Silveira, que, em conjunto com profissionais da Secretaria Estadual de Saúde-Sesab e, também da Secretaria Municipal de Saúde, montou em tempo recorde, para as condições, apenas 24 horas, o referido Centro, que conta com 30 poltronas de hidratação e serviços de triagem, classificação de risco, reavaliação e transporte de pacientes com quadro de agravamento.
Durante a visita que o secretário estadual de Saúde, Jorge Solla, fez ontem (11), ao Centro de Hidratação de Floresta Azul e à Câmara de vereadores do município, a prefeita municipal, Sandra Cardoso, que é médica e também participa do trabalho de assistência aos doentes, enfatizou que recebeu o setor de saúde desmontado: com o único hospital da cidade fechado, sem médicos, os que permaneceram foi em consideração à população local, e com os salários dos agentes e demais profissionais atrasados. "Quando soube que o secretário Jorge Solla transferiu seu gabinete para Itabuna fui até lá com a nossa secretária municipal de Saúde, Larissa Pimentel, e pedimos apoio. Nós não estávamos preparados para essa epidemia. Se Itabuna não estava, imagine Floresta Azul" disse Sandra.
Segundo ainda a prefeita, o secretário estadual foi solidário, sensível e se prontificou de imediato para fornecer a ajuda com técnicos da secretaria, montagem de Centro de Hidratação, aparelhos para exames laboratoriais, cadeiras, insumos e uma ambulância, pois a prefeitura alugava carros para transporte de pacientes, porém com dificuldades de honrar as despesas com esse tipo de serviço. " Como gestora e médica, não posso fraquejar, pois preciso buscar soluções e alternativas para esse momento tão adverso para a saúde da população" afirmou a prefeita.
Sandra Cardoso encerrou sua fala, durante evento na Câmara de vereadores de Floresta Azul, afirmando que o mais importante agora foi conseguir construir a capacidade de atendimento ao doente no próprio município, que estava comprometida. "Vamos agora só encaminhar os casos graves e assim que vencermos esse sofrido momento, vamos colocar nossos agentes para fazer o trabalho constantemente. Vamos fazer campanha durante todo o ano, mobilizando a população, a igreja, os setores organizados, para que não tenhamos que chegar novamente onde chegamos" concluiu a prefeita.
O secretário Jorge Solla, logo após a prefeita, disse que estava fazendo, na verdade, o que o governador Jaques Wagner o orientou: dar todo apoio aos municípios com quadro grave de infestação e de doentes, independente da coloração partidária. Solla também lembrou da epidemia de Sarampo e das dificuldades de se combater uma epidemia no início de governo. "Por isso é importante juntar esforços, foi juntando esforços que conseguimos, no início do governo Wagner, em 2007, em, praticamente, 40 dias, vacinar mais gente na Bahia do que o governo anterior tinha vacinado durante todo o ano de 2006. E, graças essa ação, até agora não tivemos mais um único caso de sarampo no nosso estado", afirmou o secretário.
Solla salientou também que destruir é fácil, difícil é construir tijolo a tijolo. "Com o Sistema Único de Saúde é assim também: uns vão tentar destruir, mas é aí que devemos ter mais determinação para construí-lo". Afirmou. Para ele, o melhor agora a fazer é organizar o atendimento, como está sendo feito em Floresta Azul, montar os Centros de hidratação, equipá-los adequadamente, capacitar o pessoal de saúde para fazer corretamente o manejo do paciente, aplicando corretamente o protocolo do Ministério da Saúde para o tratamento da dengue. "Nesse momento, o fundamental é ter uma unidade de saúde preparada para atender e hidratar o paciente, pois a experiência da hidratação foi vital no Rio de Janeiro. Durante a epidemia que o Rio enfrentou no ano passado, dos mais de 80 mil pacientes que passaram pelo Centro de Hidratação, nenhum foi a óbito. E isso numa epidemia que atingiu mais de 240 mil pessoas em todo estado e que matou 220 cariocas" ressaltou.
No final, Solla solicitou, especialmente, aos agentes de saúde e de combate às endemias de Floresta Azul que estavam no auditório da Câmara para não medirem esforços, nesse momento, e que mobilizassem a população para o "faxinaço", pois a falta de combate ao mosquito havia gerado aquela situação em Floresta Azul. Também para que os agentes quando percebessem, principalmente em crianças, os sinais da dengue e do seu agravo, conversassem com cada mãe, cada pai, para procurar a unidade de saúde e o Centro de Hidratação, montado na Prefeitura Municipal de Floresta Azul, pois essas simples ações poderiam salvar várias vidas.
M.B. Mtb-1418-BA/dengue/floresta azul

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